Cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
O tema é complexo, delicado e cheio de tabus, mas não pode ser ignorado pela sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem todos os anos por atentarem contra a própria vida, o que corresponde a uma morte a cada 40 segundos. A cada morte, pelo menos seis pessoas são impactadas diretamente. A consequência é alarmante: em 2015, o suicídio foi considerado a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo. Só no Brasil, 32 pessoas cometem suicídio todos os dias.
No post de hoje vamos falar um pouco sobre essa triste realidade, como conseguir identificar quem precisa de ajuda, e como participar nessa luta de prevenção ao suicídio chamado: Setembro Amarelo.
Vamos aos tópicos:
O movimento, Setembro Amarelo, teve seu início em 2014 com a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM. O movimento gira em torno de todo o mês e também do ano, mas somente dia 10 de setembro que é comemorado oficialmente como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
O objetivo principal da campanha é prevenir e reduzir o número de suicídios, e o apoio de núcleo, federadas, associados e toda a sociedade, foi fundamental para que o movimento conquistasse todo o território nacional.
Como resultado de muito esforço, em 2016, foi garantido espaços inéditos na imprensa, além de fecharem novas parcerias. Foi também possível iluminar pontos históricos, pontos turísticos, e pela primeira vez o Cristo Redentor, além de outros espaços públicos e privados por todo o Brasil. Centenas de pessoas estão participando de caminhadas e ações para a conscientização sobre esse importante tema.
O diálogo é a melhor forma de prevenção, isso porque a grande questão nesta situação é o sofrimento. Precisamos romper o silêncio. Vale ressaltar que o suicídio está intrinsecamente relacionado com a demografia onde se está inserido e seu contexto cultural, isso quer dizer que seus fatores condicionantes podem alternar em relação aos problemas de cada localidade. Mas, em todos os casos, o ato de não querer viver está associado ao sofrimento humano, a não querer sofrer.
Por isso, se você está sofrendo saiba que tem muitas pessoas querendo te ouvir, querendo te acolher, querendo te ver viver sem dor e sem sofrimento.
Se você é alguém que conhece alguém sofrendo, saiba que só a sua presença já fará a diferença. Você pode conduzir este amigo para um tratamento que irá trazer luz a escuridão do sofrimento. Não precisamos ter medo de falar sobre a dor, o sofrimento, a morte. Vamos quebrar tabus, vencer o estigma da fraqueza, vamos falar sério.
Suicídio não é sinônimo de covardia ou falta de Deus, é um desespero de alguém que sofre e não vê outra saída para sua dor. Vamos diminuir o sofrimento evitando a deterioração das relações sociais. Vamos falar, vamos ouvir, vamos escutar ativamente. Quando a dor silencia, as palavras ajudam a sobreviver ao sofrimento. Então fale, falar é a melhor saída.
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